À BEIRA
DA POEIRA
DO MERCADO
SOBE E VACILA A TORRE DE CRISTAL
ERGUE-SE UM CORPO ESGUIO MAS TOMBADO
À BEIRA
DA POEIRA
DO MERCADO
TRANSFORMADO EM CENTRO COMERCIAL
A TORRE ESCONDE AS RUAS SINUOSAS
A LUA O SOL OS ASTROS TODO O ESPAÇO
CORTANDO O PESO FRIO DO CANSAÇO
SEUS PÉS SÃO COBRAS QUE SEPULTAM ROSAS
NA SUA CHAMA SILENCIOSA OS VIVOS
TÊM MÁSCARAS DE MORTOS
A TORRE ESPELHA GRITOS PRIMITIVOS
EM RIOS LONGOS QUE NASCERAM TORTOS
(e SEM COMPRESSÃO NAS MARGENS COMO EM TODOS OS VELHOS RIOS)